A Língua Portuguesa ficou mais pobre: morreu José Saramago
sexta-feira, junho 18, 2010Há dias em que a morte sai à rua assim, sem pré-aviso, sem se anunciar. Amado ou odiado, idolatrado ou amesquinhado, Saramago continuou fiel a si mesmo, tomando partido, agitando consensos podres, usando muitas vezes a pena enquanto espada no seu estilo único e peculiar.
Uma coisa ninguém lhe pode tirar (apesar de muitos tudo terem feito para que não o conseguisse): foi o único português a vencer o Nobel da Literatura.
A Língua portuguesa fica assim mais pobre. À família, amigos, colegas e camaradas fica a certeza de que mesmo sendo ateu, imortalizou-se através da sua obra e será perpetuado na memória de um país que lhe foi demasiadas vezes ingrato.
José Saramago, 1922-2010.
Uma coisa ninguém lhe pode tirar (apesar de muitos tudo terem feito para que não o conseguisse): foi o único português a vencer o Nobel da Literatura.
A Língua portuguesa fica assim mais pobre. À família, amigos, colegas e camaradas fica a certeza de que mesmo sendo ateu, imortalizou-se através da sua obra e será perpetuado na memória de um país que lhe foi demasiadas vezes ingrato.
José Saramago, 1922-2010.
Vem de Fernando Ruas, a primeira “pedrada” na tese neo-liberal de Passos Coelho!
terça-feira, junho 15, 2010O presidente da autarquia viseense é desde a primeira hora, um dos adeptos mais fervorosos de Passos Coelho e do seu programa neo-liberal para a tão propalada reforma laboral, que se resume nisto: alargamento do contrato a prazo “sine die” ou até à reforma e precarização total do trabalho.
Para Pedro Passos Coelho (PPC), nenhuma responsabilidade para as empresas, toda a responsabilidade para as pessoas, descartáveis consoante os deleites e humores do patrão, do gestor ou dos accionistas. Para PPC, uma pessoa chegada aos trinta anos, ou quarenta, ou cinquenta, e após 30, 40 ou 50 contratos, será recebida de braços abertos pela economia de mercado e pelas mesmas empresas para as quais já não servem, ou porque são “velhas”, ou porque têm filhos e disponibilidade mais restrita, ou porque o governo oferece incentivos ao “1º Emprego”, ou porque são mais propensas à doença... A lógica da batata liberal por detrás do fato fino, da voz de barítono, da cara bonita. Mais do mesmo, mudar para que fique tudo na mesma, ou pior.
Perpetuar contratos a prazo, eis o caminho escolhido por PPC para o combate à crise. E depois certamente, acabar com a Segurança Social, para que os tais trintões, quarentões e cinquentões, excluídos assim de uma sociedade que cultiva cada vez mais o mito da eterna juventude, reflectido na economia, pudessem assim ter tempo disponível para prestar “serviços comunitários” pro bono no Estado e nas Empresas.
Ao menos este não esconde a agenda e defende a escravatura do. Séc. XXI com unhas, dentes, livros, palestras, seminários, entrevistas, discursos, conferências de imprensa...
Que se risque a solidariedade da constituição que tanto os incomoda, e se substituam todos os direitos (para a direita, privilégios) pela pura e simples lógica da Responsabilização Individual. Muito bem.
Entretanto, um dos seus mais fiéis generais já veio lançar uma pedrada na tese neo-liberal do comandante. Fernando Ruas decidiu que este ano em Viseu, o Mundial não seria transmitido em ecrã gigante. Motivo: o homem não quer fomentar o absentismo laboral. Os jogos são ao almoço e à tarde, e sabendo a direita da endémica preguiça nacional, isso seria um atentado à economia local. E eis que surge uma nova espécie política: o liberal de economia planificada!
Ou seja, para estes liberais, a responsabilidade individual só serve quando é a bem das empresas: Para estes neo-liberais, não existe trabalho por turnos, assume-se que todos entram às 9h e saem às 16h30 e com os devidos coffee-breaks; não existem desempregados desocupados nem reformados capazes de se deslocar; não existem estudantes cujas aulas e exames acabaram; não existem trabalhadores por conta própria nem com isenção de horário nem a recibos verdes; não existem pessoas de férias que com a crise e o apelo de Cavaco decidiram ficar por cá; não existe nada para além do seu pequeno mundo e das agências de rating que aumentariam decerto o juro devido a sinais contrários à sacrossanta produtividade, e logo vindos da melhor cidade portuguesa para viver...
Já o facto de o tradicional palco destes eventos, o Parque da Cidade, se encontrar neste triste estado não é referido enquanto motivo da ausência do dito ecrã. Pois, nós percebemos porquê!
Para Pedro Passos Coelho (PPC), nenhuma responsabilidade para as empresas, toda a responsabilidade para as pessoas, descartáveis consoante os deleites e humores do patrão, do gestor ou dos accionistas. Para PPC, uma pessoa chegada aos trinta anos, ou quarenta, ou cinquenta, e após 30, 40 ou 50 contratos, será recebida de braços abertos pela economia de mercado e pelas mesmas empresas para as quais já não servem, ou porque são “velhas”, ou porque têm filhos e disponibilidade mais restrita, ou porque o governo oferece incentivos ao “1º Emprego”, ou porque são mais propensas à doença... A lógica da batata liberal por detrás do fato fino, da voz de barítono, da cara bonita. Mais do mesmo, mudar para que fique tudo na mesma, ou pior.
Perpetuar contratos a prazo, eis o caminho escolhido por PPC para o combate à crise. E depois certamente, acabar com a Segurança Social, para que os tais trintões, quarentões e cinquentões, excluídos assim de uma sociedade que cultiva cada vez mais o mito da eterna juventude, reflectido na economia, pudessem assim ter tempo disponível para prestar “serviços comunitários” pro bono no Estado e nas Empresas.
Ao menos este não esconde a agenda e defende a escravatura do. Séc. XXI com unhas, dentes, livros, palestras, seminários, entrevistas, discursos, conferências de imprensa...
Que se risque a solidariedade da constituição que tanto os incomoda, e se substituam todos os direitos (para a direita, privilégios) pela pura e simples lógica da Responsabilização Individual. Muito bem.
Entretanto, um dos seus mais fiéis generais já veio lançar uma pedrada na tese neo-liberal do comandante. Fernando Ruas decidiu que este ano em Viseu, o Mundial não seria transmitido em ecrã gigante. Motivo: o homem não quer fomentar o absentismo laboral. Os jogos são ao almoço e à tarde, e sabendo a direita da endémica preguiça nacional, isso seria um atentado à economia local. E eis que surge uma nova espécie política: o liberal de economia planificada!
Ou seja, para estes liberais, a responsabilidade individual só serve quando é a bem das empresas: Para estes neo-liberais, não existe trabalho por turnos, assume-se que todos entram às 9h e saem às 16h30 e com os devidos coffee-breaks; não existem desempregados desocupados nem reformados capazes de se deslocar; não existem estudantes cujas aulas e exames acabaram; não existem trabalhadores por conta própria nem com isenção de horário nem a recibos verdes; não existem pessoas de férias que com a crise e o apelo de Cavaco decidiram ficar por cá; não existe nada para além do seu pequeno mundo e das agências de rating que aumentariam decerto o juro devido a sinais contrários à sacrossanta produtividade, e logo vindos da melhor cidade portuguesa para viver...
Já o facto de o tradicional palco destes eventos, o Parque da Cidade, se encontrar neste triste estado não é referido enquanto motivo da ausência do dito ecrã. Pois, nós percebemos porquê!
Mundial é Copa Aleixo! Homem do Bussaco para a África do Sul, Já!
terça-feira, junho 15, 2010Se já estamos todos fartos das vuvuzelas e das reportagens deprimentes dos enviados especiais do costume, no qual se destaca o inenarrável e lamechas Nuno Luz, e ainda nem começou o mundial, nada como descomprimir com o grande painel do programa que vai revolucionando o modo de ver a bola, que nem sempre é redonda. Bruno Aleixo, Busto, Renato, Nélson e Homem do Bussaco metem num bolso qualquer comentador encartado desta mediacracia.
Fica o episódio relativo à Grécia. Dos melhores:
Fica o episódio relativo à Grécia. Dos melhores:
Mais umas pedradas na "Intifada" beirã do AJ, regadas com uns aperitivos raianos!
terça-feira, junho 15, 2010Pedradas direitinhas para o laxismo das autoridades na zona da Ribeira. Quer na inexistência de repuxo (talvez devido ao lodaçal...) do Pavia e porque este se prepara para ficar com o tradicional relvado de Verão; quer e sobretudo pelas falsas promessas de colocação da roda motriz que permitiria segundo Américo Nunes "produzir 10 por cento da energia" necessária para o funcionamento do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA) e que tanto orgulho ambiental causou no nosso presidente à altura, onde se insuflou para dizer que aquele era "um sinal de que nos preocupamos com os problemas do ambiente sem estarmos a atirar para os outros aquilo que é da nossa responsabilidade”. A velha história da fachada...
Ainda recentemente tive a oportunidade de passar por Idanha-a-Velha. Antiga sede de concelho no interior dos interiores, retoma hoje um pouco do seu brilho. E só vou dar uns poucos exemplos daquilo que se poderia fazer, a nível da valorização do património:
Possibilidade de interacção através de interfaces simples, conjugando passado com futuro e traduzindo para todos a linguagem vedada a especialistas:
Antigo e tradicional Lagar de Azeite, reconstituído a braços à poucos anos, cessou definitivamente a labora em 1959. Um exemplar quase única da "indústria" portuguesa da época.
Quando não existe espaço para todo espólio, a solução é em tudo contrária ao armazenamento numa qualquer cave de museu... Uma curiosidade, onde param os artefactos e outros achados históricos da nossa cidade? No Almeida Moreira? Não. Em Calde? Não. Onde?
Ainda recentemente tive a oportunidade de passar por Idanha-a-Velha. Antiga sede de concelho no interior dos interiores, retoma hoje um pouco do seu brilho. E só vou dar uns poucos exemplos daquilo que se poderia fazer, a nível da valorização do património:
Possibilidade de interacção através de interfaces simples, conjugando passado com futuro e traduzindo para todos a linguagem vedada a especialistas:
Antigo e tradicional Lagar de Azeite, reconstituído a braços à poucos anos, cessou definitivamente a labora em 1959. Um exemplar quase única da "indústria" portuguesa da época.
Quando não existe espaço para todo espólio, a solução é em tudo contrária ao armazenamento numa qualquer cave de museu... Uma curiosidade, onde param os artefactos e outros achados históricos da nossa cidade? No Almeida Moreira? Não. Em Calde? Não. Onde?
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