Hoje caiu num prédio no centro histórico de Viseu. Dez pessoas ficaram desalojadas, mas felizmente nenhuma ficou ferida. Mas este é apenas um sintoma de uma doença que há muito atinge os centros das nossas cidades e que vai transformando lentamente a paisagem em "donuts".
Os sucessivo avisos sobre a degradação dos nossos centros históricos, vetados ao abandono após anos de especulação imobiliária e políticas de betão/IMI contrárias ao bom ordenamento do território, não têm sido suficientes para inflectir a tendência dos PDM’s no óbvio favorecimento de novas construções e consequente degradação das antigas.
Os proprietários refugiam-se nas rendas baixas para a inacção. As câmaras municipais escudam a sua inércia na falta de verbas para adquirir os imóveis que ameaçam ruir, em conformidade com a lei. Já as pessoas, essas nada podem fazer. Geralmente são idosos, com as reformas miseráveis que todos conhecemos, as principais vítimas. Sem solução e sem forças para exigir um direito constitucional (direitos que hoje pouco ou nada valem), limitam-se a esperar pelo triste fado ou simplesmente por dias melhores, habituados que estão a serem esquecidos e empurrados para a penumbra de uma sociedade que cultiva a juventude enquanto principal valor ou código.
Entretanto o esvaziamento dos centros urbanos é uma tendência que há muito se tornou impossível de inverter. À falta de vida e consequente insegurança, responde-se com pedidos de mais polícia, câmaras de vigilância e contractos locais de segurança. Mas nenhuma dessas respostas resolve o problema maior: a desertificação e a insalubridade!
É coragem política que é necessária. Compete às autoridades intimar os proprietários que ameaçam com a sua avareza a vida dos inquilinos e a de quem na rua passa. Se não têm dinheiro para as obras, que vendam os prédios, afinal o direito de propriedade ainda não se sobrepõe ao direito à vida, direito aliás tão usado e abusado pela direita no que toca à IVG mas logo esquecido quando se passa ao direito a uma vida melhor.
E porque existem propostas para colmatar estas falhas, relembro apenas um projecto do Bloco de Esquerda já aqui apresentado:
Plano Nacional de Reabilitação Urbana
Os sucessivo avisos sobre a degradação dos nossos centros históricos, vetados ao abandono após anos de especulação imobiliária e políticas de betão/IMI contrárias ao bom ordenamento do território, não têm sido suficientes para inflectir a tendência dos PDM’s no óbvio favorecimento de novas construções e consequente degradação das antigas.
Os proprietários refugiam-se nas rendas baixas para a inacção. As câmaras municipais escudam a sua inércia na falta de verbas para adquirir os imóveis que ameaçam ruir, em conformidade com a lei. Já as pessoas, essas nada podem fazer. Geralmente são idosos, com as reformas miseráveis que todos conhecemos, as principais vítimas. Sem solução e sem forças para exigir um direito constitucional (direitos que hoje pouco ou nada valem), limitam-se a esperar pelo triste fado ou simplesmente por dias melhores, habituados que estão a serem esquecidos e empurrados para a penumbra de uma sociedade que cultiva a juventude enquanto principal valor ou código.
Entretanto o esvaziamento dos centros urbanos é uma tendência que há muito se tornou impossível de inverter. À falta de vida e consequente insegurança, responde-se com pedidos de mais polícia, câmaras de vigilância e contractos locais de segurança. Mas nenhuma dessas respostas resolve o problema maior: a desertificação e a insalubridade!
É coragem política que é necessária. Compete às autoridades intimar os proprietários que ameaçam com a sua avareza a vida dos inquilinos e a de quem na rua passa. Se não têm dinheiro para as obras, que vendam os prédios, afinal o direito de propriedade ainda não se sobrepõe ao direito à vida, direito aliás tão usado e abusado pela direita no que toca à IVG mas logo esquecido quando se passa ao direito a uma vida melhor.
E porque existem propostas para colmatar estas falhas, relembro apenas um projecto do Bloco de Esquerda já aqui apresentado:
Plano Nacional de Reabilitação Urbana
25 de fevereiro de 2010 às 20:51
Essa é a estratégia dos senhorios: é mais barato deixar cair do que renovar ou reconstruir - escusam de preservar fachadas que não existem assim, e escusam de indemenizar inquilinos. Se estes morrerem, ficarem feridos ou desalojados, isso já não é com eles, é com o estado, de quem tanto se queixam.
Isto está a saque!
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