Centenário da República no Mercado 2 de Maio: Ópera, Tragédia e... Promessas de Redenção!
sábado, julho 03, 2010
Uma desilusão. A Ópera, a apresentar em 2 partes e em 2 dias seguidos no Mercado 2 de Maio, começou logo da pior maneira: adiada por motivos técnicos, creio que relacionados com a produção do DVD a projectar. Assim, optou-se por um espectáculo de enfiada no dia seguinte, com mais de 3 horas de duração.
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Em conversas posteriores com alguns intervenientes deu para perceber o porquê de tantas falhas grosseiras. Afinal, o primeiro ensaio geral foi no próprio dia do espectáculo, durante o próprio espectáculo. Em sintonia com o costume também secular e tipicamente português de deixar tudo para o último minuto.
Mas foram os próprios a reconhecer a pobreza do espectáculo apresentado. E ficou a promessa de redenção. De Guimarães chegam notícias de que correu bastante melhor. Ou não. O que retenho sobretudo é a promessa de redenção com o agendamento para Viseu de um novo espectáculo. O Público merece. E os intervenientes também. E isso é de enaltecer. O reconhecimento do erro, e a tentativa de correcção. Afinal aprende-se a caminhar, andando, com muitos trambolhões à mistura. Eu estarei lá para mais uma oportunidade.
A República definha, bem sabemos, mas não merece tão fraca figura. Ópera, Tragédia e Redenção.
Tal e qual a história da própria, com a sua agenda modernizadora e secular até ao 28 de Maio, dia obscuro que apagou a chama do país durante uma longa noite de 48 anos, décadas após as quais o sol do havia de nascer, mesmo que por um dia, para todos nós. A 25 de Abril.
Tal e qual o próprio Mercado 2 de Maio que serviu como pobre palco. Das expectativas goradas do projecto de Siza Vieira à realidade da total inoperância e falta de dinâmica do mesmo, aos clamores por uma necessária remodelação, nem que seja pelo regresso ao passado, e que até já partem da própria Câmara Municipal de Viseu.
Humildade de quem sabe que pode e deve fazer melhor, são as lições que se retiram. E toda a solidariedade para quem se propõe a corrigir o caminho quando este se afigura mau ou errado.
A Agricultura que a Especulação Imobiliária permite: Hortas de Varanda!
quarta-feira, junho 30, 2010Em Viseu, esse problema nunca se pôs e a generalidade das pessoas tem acesso diário a legumes e fruta frescos a um preço razoável. Todos conhecemos um familiar, vizinho, amigo... a quem pedir/comprar batatas, cebolas, tomates, alfaces... E ainda bem.
Só custa começar. Haja terra farta em nutrientes, vasos, sementes ou torrões, vontade e voilà.
O exemplo pessoal, está testemunhado nas fotos
Dr. Fernando Ruas, e o Princípio do “Utilizador-Pagador” no Funicular, não??????
sexta-feira, junho 25, 2010O Presidente da CMV tem por hábito defender para os outros aquilo que não quer para ele nem para os seus. Neste caso surpreende-se e acha mal “ que um alemão venha pelo seu país, chegue à França pague portagens, chegue a Espanha pague portagens e depois vem a Portugal e entra aqui e nada". Isto como se a única entrada do país fosse a A25... Adiante.
Mas a maior surpresa virá certamente dos alemães. Afinal, ainda há poucos anos financiaram quase na totalidade o antigo IP5 e ao chegar aqui reparam que desapareceu. A questão fulcral é esta. Se queriam uma AE paga, que deixassem o velhinho itinerário como estava e depois as pessoas optariam pelo que lhe conviesse.
Agora vir para a Praça Pública insurgir-se contra as borlas aos estrangeiros e turistas que assim têm a possibilidade de cá deixar mais uns trocos na economia local, quando ao mesmo tempo Fernando Ruas é o campeão das borlas locais e Funiculadas, que só servem o ego de quem as pensou (e não estou certo de que o verbo “pensar” se tenha aplicado aqui), roça o ridículo.
Então o Sr. Presidente que explique como colocará em prática tal princípio no Funicular. Pedirá o passaporte? O Cartão de Cidadão? O Cartão do Partido? Ou aqui o princípio do “utilizador-pagador” já não serve? Saberá o Sr. Presidente que as regras derivam de princípios e não dos dislates autocráticos de quem tem o umbigo como centro da actividade política? E Saberá quem financiou o projecto megalómano? Pois. O que o Sr. Presidente sabe, e sabe bem, é que a dicotomia do nós por oposição aos outros resulta sempre na parvónia, sobretudo quando o outro é estrangeiro.
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E pior, só mesmo as reacções do PS Viseu e da nova direcção, da qual após a volta do beija-mão, não sobra mais nada que o seguidismo e acolitagem. A ouvir.
Mas a maior surpresa virá certamente dos alemães. Afinal, ainda há poucos anos financiaram quase na totalidade o antigo IP5 e ao chegar aqui reparam que desapareceu. A questão fulcral é esta. Se queriam uma AE paga, que deixassem o velhinho itinerário como estava e depois as pessoas optariam pelo que lhe conviesse.
Agora vir para a Praça Pública insurgir-se contra as borlas aos estrangeiros e turistas que assim têm a possibilidade de cá deixar mais uns trocos na economia local, quando ao mesmo tempo Fernando Ruas é o campeão das borlas locais e Funiculadas, que só servem o ego de quem as pensou (e não estou certo de que o verbo “pensar” se tenha aplicado aqui), roça o ridículo.
Então o Sr. Presidente que explique como colocará em prática tal princípio no Funicular. Pedirá o passaporte? O Cartão de Cidadão? O Cartão do Partido? Ou aqui o princípio do “utilizador-pagador” já não serve? Saberá o Sr. Presidente que as regras derivam de princípios e não dos dislates autocráticos de quem tem o umbigo como centro da actividade política? E Saberá quem financiou o projecto megalómano? Pois. O que o Sr. Presidente sabe, e sabe bem, é que a dicotomia do nós por oposição aos outros resulta sempre na parvónia, sobretudo quando o outro é estrangeiro.
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E pior, só mesmo as reacções do PS Viseu e da nova direcção, da qual após a volta do beija-mão, não sobra mais nada que o seguidismo e acolitagem. A ouvir.
Arnaut exige portagens na A25 e A24! Votaram nele? Agora F****-SE!
quarta-feira, junho 23, 2010
Ontem ouvi estupefacto um deputado do PSD eleito por Viseu (Arnaut de seu nome, alguém já o viu por aí???) defender a introdução de portagens em TODAS as SCUT. TODAS! No debate da SIC Notícias que o opõe a Luís Fazenda, o único argumento do homem era o de que ou pagavam todos ou não pagava ninguém, tentando colocar sempre o ênfase no artificialismo bacoco da guerra norte-sul que tentou vender, acolitando Rio. Perdeu. A imbecilidade demagoga do seu discurso crescia a cada minuto, mas o homem teve o pudor de nunca ter referido o distrito pelo qual foi eleito, poupando pelo menos o embaraço e a vergonha às 80.000 pessoas que votaram nele!
Ao argumento do bloquista que afirmava o facto da generalidade das auto-estradas em Lisboa serem pagas, tal como as pontes sobre o Tejo, respondeu mudando a bitola para o raciocínio de que não deveriam ser só Lisboa e Porto a pagar. Queria ir para a guerra dar, mas levou.
Quando alertado para a falta de alternativas a muitas das SCUT apontou a necessidade de estudos, “os deputados não são técnicos”. No seu caso, nem sei se deputado até não será um título demasiado.
Ao ser confrontado com o exemplo do estudo sobre a óbvia inviabilidade da N125 (Algarve) enquanto alternativa à Via do Infante arrepiou caminho e afirmou “pronto, então essa não deveria ser portajada”. Pronto, já chega que eu também não encontrei o link para o jornal das 9 de ontem e não quero fazer das minhas, palavras do Sr.
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Mas nem tudo são más notícias. O Sr. Deputado vai candidatar-se à presidência da Mesa da Assembleia Geral da Federação Portuguesa. Espero que ganhe e abdique do seu lugar no parlamento a favor de alguém que se interesse pelos seus eleitores e dignifique o lugar que ocupa na República. Até porque aí, a guerra norte-sul que quis vender ontem, terá decerto muitos e bons compradores.
Isto só me faz lembrar um antigo cartaz anarquista que rezava assim:
Votaram nele?
Agora Fodam-se!
Agora Fodam-se!
Quando numa democracia uma esferográfica, uma t-shirt ou um boné valem vezes de mais um voto, pouco ou nada sobra para dizer que não isto.
A Língua Portuguesa ficou mais pobre: morreu José Saramago
sexta-feira, junho 18, 2010
Há dias em que a morte sai à rua assim, sem pré-aviso, sem se anunciar. Amado ou odiado, idolatrado ou amesquinhado, Saramago continuou fiel a si mesmo, tomando partido, agitando consensos podres, usando muitas vezes a pena enquanto espada no seu estilo único e peculiar.
Uma coisa ninguém lhe pode tirar (apesar de muitos tudo terem feito para que não o conseguisse): foi o único português a vencer o Nobel da Literatura.
A Língua portuguesa fica assim mais pobre. À família, amigos, colegas e camaradas fica a certeza de que mesmo sendo ateu, imortalizou-se através da sua obra e será perpetuado na memória de um país que lhe foi demasiadas vezes ingrato.
José Saramago, 1922-2010.
Uma coisa ninguém lhe pode tirar (apesar de muitos tudo terem feito para que não o conseguisse): foi o único português a vencer o Nobel da Literatura.
A Língua portuguesa fica assim mais pobre. À família, amigos, colegas e camaradas fica a certeza de que mesmo sendo ateu, imortalizou-se através da sua obra e será perpetuado na memória de um país que lhe foi demasiadas vezes ingrato.
José Saramago, 1922-2010.
Vem de Fernando Ruas, a primeira “pedrada” na tese neo-liberal de Passos Coelho!
terça-feira, junho 15, 2010O presidente da autarquia viseense é desde a primeira hora, um dos adeptos mais fervorosos de Passos Coelho e do seu programa neo-liberal para a tão propalada reforma laboral, que se resume nisto: alargamento do contrato a prazo “sine die” ou até à reforma e precarização total do trabalho.
Para Pedro Passos Coelho (PPC), nenhuma responsabilidade para as empresas, toda a responsabilidade para as pessoas, descartáveis consoante os deleites e humores do patrão, do gestor ou dos accionistas. Para PPC, uma pessoa chegada aos trinta anos, ou quarenta, ou cinquenta, e após 30, 40 ou 50 contratos, será recebida de braços abertos pela economia de mercado e pelas mesmas empresas para as quais já não servem, ou porque são “velhas”, ou porque têm filhos e disponibilidade mais restrita, ou porque o governo oferece incentivos ao “1º Emprego”, ou porque são mais propensas à doença... A lógica da batata liberal por detrás do fato fino, da voz de barítono, da cara bonita. Mais do mesmo, mudar para que fique tudo na mesma, ou pior.
Perpetuar contratos a prazo, eis o caminho escolhido por PPC para o combate à crise. E depois certamente, acabar com a Segurança Social, para que os tais trintões, quarentões e cinquentões, excluídos assim de uma sociedade que cultiva cada vez mais o mito da eterna juventude, reflectido na economia, pudessem assim ter tempo disponível para prestar “serviços comunitários” pro bono no Estado e nas Empresas.
Ao menos este não esconde a agenda e defende a escravatura do. Séc. XXI com unhas, dentes, livros, palestras, seminários, entrevistas, discursos, conferências de imprensa...
Que se risque a solidariedade da constituição que tanto os incomoda, e se substituam todos os direitos (para a direita, privilégios) pela pura e simples lógica da Responsabilização Individual. Muito bem.
Entretanto, um dos seus mais fiéis generais já veio lançar uma pedrada na tese neo-liberal do comandante. Fernando Ruas decidiu que este ano em Viseu, o Mundial não seria transmitido em ecrã gigante. Motivo: o homem não quer fomentar o absentismo laboral. Os jogos são ao almoço e à tarde, e sabendo a direita da endémica preguiça nacional, isso seria um atentado à economia local. E eis que surge uma nova espécie política: o liberal de economia planificada!
Ou seja, para estes liberais, a responsabilidade individual só serve quando é a bem das empresas: Para estes neo-liberais, não existe trabalho por turnos, assume-se que todos entram às 9h e saem às 16h30 e com os devidos coffee-breaks; não existem desempregados desocupados nem
reformados capazes de se deslocar; não existem estudantes cujas aulas e exames acabaram; não existem trabalhadores por conta própria nem com isenção de horário nem a recibos verdes; não existem pessoas de férias que com a crise e o apelo de Cavaco decidiram ficar por cá; não existe nada para além do seu pequeno mundo e das agências de rating que aumentariam decerto o juro devido a sinais contrários à sacrossanta produtividade, e logo vindos da melhor cidade portuguesa para viver...
Já o facto de o tradicional palco destes eventos, o Parque da Cidade, se encontrar neste triste estado não é referido enquanto motivo da ausência do dito ecrã. Pois, nós percebemos porquê!
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Perpetuar contratos a prazo, eis o caminho escolhido por PPC para o combate à crise. E depois certamente, acabar com a Segurança Social, para que os tais trintões, quarentões e cinquentões, excluídos assim de uma sociedade que cultiva cada vez mais o mito da eterna juventude, reflectido na economia, pudessem assim ter tempo disponível para prestar “serviços comunitários” pro bono no Estado e nas Empresas.
Ao menos este não esconde a agenda e defende a escravatura do. Séc. XXI com unhas, dentes, livros, palestras, seminários, entrevistas, discursos, conferências de imprensa...
Que se risque a solidariedade da constituição que tanto os incomoda, e se substituam todos os direitos (para a direita, privilégios) pela pura e simples lógica da Responsabilização Individual. Muito bem.
Entretanto, um dos seus mais fiéis generais já veio lançar uma pedrada na tese neo-liberal do comandante. Fernando Ruas decidiu que este ano em Viseu, o Mundial não seria transmitido em ecrã gigante. Motivo: o homem não quer fomentar o absentismo laboral. Os jogos são ao almoço e à tarde, e sabendo a direita da endémica preguiça nacional, isso seria um atentado à economia local. E eis que surge uma nova espécie política: o liberal de economia planificada!
Ou seja, para estes liberais, a responsabilidade individual só serve quando é a bem das empresas: Para estes neo-liberais, não existe trabalho por turnos, assume-se que todos entram às 9h e saem às 16h30 e com os devidos coffee-breaks; não existem desempregados desocupados nem
Já o facto de o tradicional palco destes eventos, o Parque da Cidade, se encontrar neste triste estado não é referido enquanto motivo da ausência do dito ecrã. Pois, nós percebemos porquê!
Mundial é Copa Aleixo! Homem do Bussaco para a África do Sul, Já!
terça-feira, junho 15, 2010
Se já estamos todos fartos das vuvuzelas e das reportagens deprimentes dos enviados especiais do costume, no qual se destaca o inenarrável e lamechas Nuno Luz, e ainda nem começou o mundial, nada como descomprimir com o grande painel do programa que vai revolucionando o modo de ver a bola, que nem sempre é redonda. Bruno Aleixo, Busto, Renato, Nélson e Homem do Bussaco metem num bolso qualquer comentador encartado desta mediacracia.
Fica o episódio relativo à Grécia. Dos melhores:
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Fica o episódio relativo à Grécia. Dos melhores:
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Mais umas pedradas na "Intifada" beirã do AJ, regadas com uns aperitivos raianos!
terça-feira, junho 15, 2010Pedradas direitinhas para o laxismo das autoridades na zona da Ribeira. Quer na inexistência de repuxo (talvez devido ao lodaçal...) do Pavia e porque este se prepara para ficar com o tradicional relvado de Verão; quer e sobretudo pelas falsas promessas de colocação da roda motriz que permitiria segundo Américo Nunes "produzir 10 por cento da energia" necessária para o funcionamento do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA) e que tanto orgulho ambiental causou no nosso presidente à altura, onde se insuflou para dizer que aquele era "um sinal de que nos preocupamos com os problemas do ambiente sem estarmos a atirar para os outros aquilo que é da nossa responsabilidade”. A velha história da fachada...
Ainda recentemente tive a oportunidade de passar por Idanha-a-Velha. Antiga sede de concelho no interior dos interiores, retoma hoje um pouco do seu brilho. E só vou dar uns poucos exemplos daquilo que se poderia fazer, a nível da valorização do património:
Possibilidade de interacção através de interfaces simples, conjugando passado com futuro e traduzindo para todos a linguagem vedada a especialistas:
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Antigo e tradicional Lagar de Azeite, reconstituído a braços à poucos anos, cessou definitivamente a labora em 1959. Um exemplar quase única da "indústria" portuguesa da época.

Quando não existe espaço para todo espólio, a solução é em tudo contrária ao armazenamento numa qualquer cave de museu... Uma curiosidade, onde param os artefactos e outros achados históricos da nossa cidade? No Almeida Moreira? Não. Em Calde? Não. Onde?
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Ainda recentemente tive a oportunidade de passar por Idanha-a-Velha. Antiga sede de concelho no interior dos interiores, retoma hoje um pouco do seu brilho. E só vou dar uns poucos exemplos daquilo que se poderia fazer, a nível da valorização do património:
Possibilidade de interacção através de interfaces simples, conjugando passado com futuro e traduzindo para todos a linguagem vedada a especialistas:
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Antigo e tradicional Lagar de Azeite, reconstituído a braços à poucos anos, cessou definitivamente a labora em 1959. Um exemplar quase única da "indústria" portuguesa da época.
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Quando não existe espaço para todo espólio, a solução é em tudo contrária ao armazenamento numa qualquer cave de museu... Uma curiosidade, onde param os artefactos e outros achados históricos da nossa cidade? No Almeida Moreira? Não. Em Calde? Não. Onde?
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Festival de Curtas Online sediado em Viseu
terça-feira, junho 08, 2010
Ora aqui está uma coisa digna de registo. Bem divulgado e bem poderia ser um alicerce alternativo no marasmo muitas vezes folclórico da cultura em Viseu. Tem por nome Vistacurta mas poderá tão ampla quanto o seu sucesso.
Um festival de curtas-metragens aberto mesmo a filmes de baixa-resolução, haja inspiração, organizado pelo Cine Clube Viseu em parceria com o Sapo. E apesar da plataforma virtual, os trabalhos serão exibidos em Julho na Praça D. Duarte.
"...Festival de Curtas de Viseu (que) parte do conjunto de potencialidades virtuais, levando a transferir o conceito da sala convencional de cinema para a Internet, aumentando as possibilidades de visionamento e reflexão crítica das obras, sem fronteiras físicas ou linguísticas."
Um festival de curtas-metragens aberto mesmo a filmes de baixa-resolução, haja inspiração, organizado pelo Cine Clube Viseu em parceria com o Sapo. E apesar da plataforma virtual, os trabalhos serão exibidos em Julho na Praça D. Duarte.
"...Festival de Curtas de Viseu (que) parte do conjunto de potencialidades virtuais, levando a transferir o conceito da sala convencional de cinema para a Internet, aumentando as possibilidades de visionamento e reflexão crítica das obras, sem fronteiras físicas ou linguísticas."
E o "Festim" aqui tão perto! (...e tão longe!)
segunda-feira, junho 07, 2010
Como já vem sendo hábito, a d’Orfeu Associação Cultural organiza mais um Festim (Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo) brindando-nos outra vez com um cartaz variado que traz até nós um pouco de cada canto do mundo, "do Índico ao Mediterrâneo, do Cáucaso ao Chifre de África, dos Balcãs à América Latina, imaginários sonoros de puro fascínio."
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Já no fim de semana de 16 e 17 de Julho, decorrerá mais uma edição do "Povo que Lavas no Rio", o "imponente espectáculo inter-associativo que Águeda constrói, a cada ano, sobre as águas do seu rio" e que "evidencia o carácter inspirador que o rio provoca na criação artística local, ao fazer revisitar ou mesmo estimular um repertório musical e poético dedicado ao Rio Águeda. Uma estética musical cruzada e actualizada, leve tendência pop para o infindável alfarrábio de canções ribeirinhas de todos os tempos. Neste espectáculo, o poema de Homem de Mello regressa à sua origem primeira: o Rio Águeda."
Até que Deus é destruído pelo extremo exercício da beleza
segunda-feira, junho 07, 2010
É a partir deste verso isolado da última obra conhecida de Herberto Hélder, um dos mais enigmáticos escritores portugueses vivos, intitulada "A Faca não Corta o Fogo", que a coreógrafa Vera Mantero parte para a reflexão "sobre o colectivo como resposta à criação, sobre a comunicação entre performers e público, mas também sobre a dança enquanto movimento poético, sugestivo e filosófico."
O mote está dado: «Até que Deus é destruído pelo extremo exercício da beleza». A ver dia 12 de Junho no Teatro Viriato.
O mote está dado: «Até que Deus é destruído pelo extremo exercício da beleza». A ver dia 12 de Junho no Teatro Viriato.
A 1ª Fase da Privatização dos CTT começou ontem!
quarta-feira, maio 26, 2010
Parece que começou ontem a 1ª fase da “privatização” dos CTT. À míngua de euros, que a crise aperta ao mesmo tempo que o spred da banca se torna incomportável, os “jovens investidores” muniram-se de uma “arma de pequeno porte” anteciparam-se aos especuladores, tomando de assalto os “dividendos” de três postos de correio na zona do Porto num negócio que rendeu cerca de 2500€.
O Vídeo já está disponível aqui, na TVI. Uma ironia. Uma metáfora dos tempos que correm. Até porque a pena ainda vai tendo poder sobre a espada. Acho...
Num país a saque, este parágrafo bem poderia ser um outro relato da história. Num país onde muitas vezes se celebrou o headshot ao assaltante brasileiro e se é ao mesmo tempo condescendente com a fúria especuladora que vai vampirizando dia após dia, ano após ano, tudo o que era de todos, estes episódios e a sua amplificação pelos media sedentos de “sangue” tornam invariavelmente o roubo da galinha mais condenável que a usurpação do galinheiro. Ontem, hoje... espero que nunca para sempre.
Entretanto, Teixeira Santos em visita a Wall Strett, vai tranquilizando os mercados com a promessa de mais privatizações... a mesma Wall Street a quem Obama vai impondo restricões. Enquanto isso, Merkel proíbe os "short sellings". Sarkozy propõe tributar grandes fortunas. Na Grécia, enfim, taxam-se piscinas a 800€ o mergulho. Em Portugal, a direita propõe a moralização do sistema através da "libertação pelo trabalho" de quem aufere em média subsídios mensais de 89 euros. O Governo, propõe o que já sabe. A União Nacional dos comentadores do costume aplaude. Contra o parasitismo do mercado imobiliário que não cria valor e vai absorvendo os salários, nem uma palavra. Sobre a asfixia económico-social que resultará dos planos de austeridade nem um suspiro.
O último, que apague a luz.
O Vídeo já está disponível aqui, na TVI. Uma ironia. Uma metáfora dos tempos que correm. Até porque a pena ainda vai tendo poder sobre a espada. Acho...
Num país a saque, este parágrafo bem poderia ser um outro relato da história. Num país onde muitas vezes se celebrou o headshot ao assaltante brasileiro e se é ao mesmo tempo condescendente com a fúria especuladora que vai vampirizando dia após dia, ano após ano, tudo o que era de todos, estes episódios e a sua amplificação pelos media sedentos de “sangue” tornam invariavelmente o roubo da galinha mais condenável que a usurpação do galinheiro. Ontem, hoje... espero que nunca para sempre.
Entretanto, Teixeira Santos em visita a Wall Strett, vai tranquilizando os mercados com a promessa de mais privatizações... a mesma Wall Street a quem Obama vai impondo restricões. Enquanto isso, Merkel proíbe os "short sellings". Sarkozy propõe tributar grandes fortunas. Na Grécia, enfim, taxam-se piscinas a 800€ o mergulho. Em Portugal, a direita propõe a moralização do sistema através da "libertação pelo trabalho" de quem aufere em média subsídios mensais de 89 euros. O Governo, propõe o que já sabe. A União Nacional dos comentadores do costume aplaude. Contra o parasitismo do mercado imobiliário que não cria valor e vai absorvendo os salários, nem uma palavra. Sobre a asfixia económico-social que resultará dos planos de austeridade nem um suspiro.
O último, que apague a luz.
Em Ranhados, começou a caça às bruxas! O Sr.Presidente deu o 1º Tiro... no pé!
terça-feira, maio 25, 2010
Mas o Sr. Presidente só contou metade da história...
As senhoras que oferecem os seus serviços já pousam ali literalmente há décadas. A estrada, pouco ou nada frequentada até ao início das obras, é hoje calcorreada diariamente por centenas ou mesmo milhares de automóveis. E parece ser esse o incomodo do Sr. Presidente, a aparência, a visibilidade. Nenhuma palavra para a necessidade que obriga as senhoras a alugar o corpo, nenhuma palavra para a falta de iluminação do cemitério. Não, a PSP é que não actua...
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O artigo 170 do Código Penal apenas refere que “quem, profissionalmente ou com intenção lucrativa, fomentar, favorecer ou facilitar o exercício por outra pessoa de prostituição ou a prática de actos sexuais de relevo é punido com pena de prisão de seis meses a cinco anos” sendo omisso quanto à relação entre prostituta e cliente por se tratar de uma relação voluntária.
Melhor faria se pegasse na Polícia do Município e usasse o regulamento da sua cidade que até proíbe cuspir para o chão ou lavar o carro à porta de casa, da maneira que lhe conviesse… em vez de andar a incomodar a PSP com tais menoridades. Até podia
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Quanto ao cemitério, apenas é condenável o assédio dos potenciais clientes a quem vai homenagear os seus falecidos. Já velas negras são iguais às brancas, ou agora também há racismo beato? Garrafas de Whisky vazias podem muito bem fazer parte de uma crença que não seja a católica e que veja neste acto uma maneira de agradar aos seus no céu ou inferno. As galinhas pretas são indesejáveis por ser claramente uma violação às mais básicas regras de higiene. Que se chame a ASAE. As “missas negras” apenas o são por não haver luz no cemitério e assim serem dadas às escuras.
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É assim, enquanto se faz a festa e se inova em Coração de Jesus, por aqui continua a lenga-lenga do costume... Preocupasse-se o Sr. Presidente mais com os seus fregueses em vez de se andar à caça às bruxas e aos fregueses dos outros...
Porque o Vandalismo não é de Hoje: Viseu, 20 de Maio 1891
terça-feira, maio 25, 2010
Sempre que o vandalismo vem à baila, há quem se socorra dos chavões do costume para condenar tais actos, que o são. Escusado eram os estereótipos. Ou porque a “juventude hoje já não tem respeito nem educação”, ou porque a “polícia não tem poder”, ou porque “as autoridades são complacentes”, acabando invariavelmente com a frase do costume: “Eram precisos dois ou três como o Salazar para pôr tudo na ordem”
Mas o vandalismo tem raízes profundas e tanto assim é que na origem da palavra estão povos bárbaros que ajudaram à queda do Império Romano. Tivesse Viriato levado de vencido o exército romano, também seria provavelmente considerado um vândalo também...
Contudo não quero ir tão longe, e por falar em Viriato e indo para "O Viriato", jornal viseense e republicano do séc. XIX que foi buscar o nome ao herói lusitano e hoje coraria de vergonha muitas publicações por aí circulam, atente-se só nesta notícia de 20 de Maio de 1891 e a que podem aceder aqui num trabalho meritório da Biblioteca Nacional de Portugal:
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E com notável ironia no último parágrafo!
Mas o vandalismo tem raízes profundas e tanto assim é que na origem da palavra estão povos bárbaros que ajudaram à queda do Império Romano. Tivesse Viriato levado de vencido o exército romano, também seria provavelmente considerado um vândalo também...
Contudo não quero ir tão longe, e por falar em Viriato e indo para "O Viriato", jornal viseense e republicano do séc. XIX que foi buscar o nome ao herói lusitano e hoje coraria de vergonha muitas publicações por aí circulam, atente-se só nesta notícia de 20 de Maio de 1891 e a que podem aceder aqui num trabalho meritório da Biblioteca Nacional de Portugal:
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E com notável ironia no último parágrafo!
Mais uma Pedrada no Charco da Engenharia local!
sábado, maio 22, 2010O AJ já vai na pedrada nº7, e por este andar facilmente chegará a números mais redondos ainda. Como já vem sendo hábito por cá, primeiro faz-se, depois remenda-se porque nunca se chegou a pensar bem naquilo que se estava a fazer. Quando se concebe uma rotunda assim, ainda para mais sabendo de antemão que a mesma servirá de passagem a centenas de autocarros diariamente, ou é azelhice, ou laxismo ou pura incompetência de quem pensou o projecto.
Nada que surpreenda. No parque começou-se a construir sem autorização e hoje é o que se sabe, em Santiago o local projectado para receber a feira semanal é hoje uma coisa que ninguém sabe bem definir, a prometida praia fluvial afinal vai ser reavaliada pela difícil viabilização, o funicular anda sempre funiculado...
Aquilo que nasce torto...
Nada que surpreenda. No parque começou-se a construir sem autorização e hoje é o que se sabe, em Santiago o local projectado para receber a feira semanal é hoje uma coisa que ninguém sabe bem definir, a prometida praia fluvial afinal vai ser reavaliada pela difícil viabilização, o funicular anda sempre funiculado...
Aquilo que nasce torto...
Fernando Ruas: Entrevista Matinal na SIC e Medalha Vespertina em Belém!
quinta-feira, maio 20, 2010O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses foi hoje a Lisboa. Entrevista na SIC e Medalha em Belém. Afinal hoje é o Dia da Autonomia do Poder Local, e vetada a Regionalização, cabe hoje aos municípios e juntas de freguesia o contacto mais próximo com as realidades quotidianas dos cidadãos. Daí a condecoração à Associação dos Municípios Portugueses com o grau de Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique pelas 15h30 no Palácio de Belém.
Na entrevista de 10m alertou bem para as contradições do governo: não se pode pedir investimento público por parte das câmaras e ao mesmo tempo cortar na admissão de novos funcionários ou substituição daqueles que saem ou se aposentam. São contradições próprias do capitalismo, que há necessidade da poupança, acrescenta a necessidade do consumo desenfreado como se um não anulasse o outro nos cada vez mais pobres orçamentos familiares.
Mas também não se pode exigir mais descentralização apenas para levar avante a teoria política que tem o caciquismo como valor supremo... Descentralização sim, mas só aprofundando as democracias internas. E aí a "vaca torce o rabo", porque em Viseu anda-se a negar há anos medidas como o Orçamento Participativo, o que acaba por afastar ainda mais as populações e a sociedade da discussão pública das políticas e economias locais, exactamente aquilo que Fernando Ruas critica ao poder central... Curiosa foi ainda a proposta de criação de uma entidade fiscalizadora das autarquias que não esteja sob a alçada estatal. Parece que ainda existem ressentimentos após a visita da IGAL à Câmara Municipal de Viseu...
Na entrevista de 10m alertou bem para as contradições do governo: não se pode pedir investimento público por parte das câmaras e ao mesmo tempo cortar na admissão de novos funcionários ou substituição daqueles que saem ou se aposentam. São contradições próprias do capitalismo, que há necessidade da poupança, acrescenta a necessidade do consumo desenfreado como se um não anulasse o outro nos cada vez mais pobres orçamentos familiares.
Mas também não se pode exigir mais descentralização apenas para levar avante a teoria política que tem o caciquismo como valor supremo... Descentralização sim, mas só aprofundando as democracias internas. E aí a "vaca torce o rabo", porque em Viseu anda-se a negar há anos medidas como o Orçamento Participativo, o que acaba por afastar ainda mais as populações e a sociedade da discussão pública das políticas e economias locais, exactamente aquilo que Fernando Ruas critica ao poder central... Curiosa foi ainda a proposta de criação de uma entidade fiscalizadora das autarquias que não esteja sob a alçada estatal. Parece que ainda existem ressentimentos após a visita da IGAL à Câmara Municipal de Viseu...
O Site que Fazia Falta! A Cantiga é uma Arma!
quinta-feira, maio 20, 2010
A propósito da Grécia, ainda há pouco reflecti sobre as situações em que existe uma insuficiência do verbo enquanto arma. Hoje baixo a guarda e grito o slogan que dá o mote a um site que há muito fazia falta:
A Cantiga é uma Arma!
Mesmo que por vezes insuficiente, como foi o caso do 25 de Abril, o verbo é decerto inspirador e agregador da força necessária para quem sonha por uma transformação que restitua verdadeiramente o poder ao cidadão. Então quando musicado magistralmente como foi por estes senhores...
ZECA AFONSO, ARY dos SANTOS,FAUSTO,FRANCISCO FANHAIS, JOSÉ MÁRIO BRANCO, PEDRO BARROSO, SÉRGIO GODINHO, VITORINO, ADRIANO CORREIA, FERNANDO TORDO, MANUEL FREIRE, LUÍS CÍLIA, GAITEIROS de LISBOA, BRIGADA VICTOR JARA, CARLOS PAREDES, MÁRIO VIEGAS, GAC – Vozes na Luta...
O sonho comanda a vida! Desistir é Morrer! Quem luta, nem sempre ganha, mas quem não luta, perde sempre!
"O direito de autor como direito humano deve ter implícito o equilíbrio entre o direito do autor à sua obra e o direito da sociedade a ter acesso a ela. Este equilíbrio foi quebrado, não a favor dos autores nem da sociedade, mas a favor dos que exercem os direitos em nome dos criadores, ou seja, os grandes monopólios da indústria editorial, informática, biotecnológica e do entretenimento.
A apropriação destes conhecimentos entra frequentemente em contradição com o direito à saúde, à vida, ao conhecimento e à educação. E são sempre estes que saem a perder."
"De pé, ó vitimas da fome! De pé, famélicos da terra! Da ideia a chama já consome, A crosta bruta que a soterra . Cortai o mal bem pelo fundo! De pé, de pé, não mais senhores! Se nada somos neste mundo, Sejamos tudo, ó produtores!
Bem unidos façamos, Nesta luta final. Uma terra sem amo, A Internacional! ..."
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