Depois de Oquestrada no Viriato e de uma visita obrigatória ao Boquinhas, nada fazia esperar que acabasse a noite num piso subterrâneo de um shopping da cidade. Quando percebi que a vontade das pessoas com quem estava nessa noite era de facto ir à festa do Bar Americano no Piso – 3 do Fórum Viseu, lembrei-me logo daqueles encontros de antigos alunos do Liceu, das festas dos anos 60, 70 ou 80 que animam as gerações mais velhas ou do saudosismo bacoco que nos leva vezes demais a dizer “no meu tempo é que era” esquecendo-nos que isso é exactamente aquilo que nos chateava nas conversas dos nossos pais e avós quando éramos jovens.
Apesar de um bocado contrariado, lá fui. A oferta aos Sábados à noite é por aqui tanta, pode passar pelo NB, pelo NB e depois pelo NB (ou então pela Hangar, com mais que provável paragem na GNR...), que acabei por ir. E ainda bem.
De facto aquilo parecia um encontro de antigos alunos do Liceu, anos 95, 96 ou 97. Mas foi exactamente esse facto que tornou a festa tão particular, onde os Déjà Vu(s) eram constantes, e os alinhamentos das músicas iguais aos de há 15 anos atrás, não passaram 5 minutos sem que nos encontrássemos com algum antigo colega que há muito não víamos, não passaram 10 minutos sem que houvesse uma música conhecida por todos.
A festa até tinha um dos títulos mais estúpidos que por aí ouvi em 2009, qualquer coisa como “Natal é no parque de estacionamento”. Os DJ’s eram pessoas bastante improváveis como o ex-candidato do CDS à Câmara Municipal de Viseu Francisco Mendes, que deixou o fato em casa e se mascarou de “dread” durante umas horas, abandonando por momentos o centrismo onde habita para abanar livremente o casco, para a esquerda e para a direita, para cima e para baixo. Uma coisa é certa, encaixa-se muito melhor neste papel do que Paulo Portas quando este se decide a tocar pandeireta...
E aquilo que iria parecer um revival, acabou por ser mesmo um revival, mas um grande revival onde uma geração pôde comungar o velho espírito do mosh saudável ao som dos RATM e companhia, entoando em coro os “Fuck you I won’t do what you tell me” do costume. E se foi um bom revival é porque estamos mesmo a ficar velhos! Mas ainda não estamos acabados! Vejam o vídeo, pequeno mas elucidativo!
Ainda para mais, tive a oportunidade de conviver com o Pablo, o Donatelo e o Lima, músicos dos Oquestrada que para lá se dirigiram também e que muito surpreendidos ficaram por ali encontrarem tamanha festa, numa década completamente deslocada! Surpreendido fiquei eu com eles ao ouvir as suas histórias e percursos, desde o francês Pablo que encontrou o seu instrumento numa casa abandonada e que tem por nome “Contra-Bacio” – um contra-baixo que consiste num bacio velho com um pau e uma corda que emite sons excepcionais, e que desenrasca bem quem não tenha “argent” para comprar um a sério (e tem muito mais pinta). Já tem mais de dez anos porque ainda não arranjou um bacio com aquele plástico de qualidade e vai remendando a coisa sempre que parte, com mais fita-cola! Até ao italiano e professor universitário Donatelo que encontrou em Lisboa uma cidade de eleição e que partilha as actuações entre os Oquestrada e os Anonima Nuvolari ou ao português Lima que toca a portuguesa guitarra do alto dos seus 2 metros e que também pertence aos Terrakota.
Só por isso já teria sido admirável. Somando ao resto, posso afirmar que foi uma ideia excepcional!
Apesar de um bocado contrariado, lá fui. A oferta aos Sábados à noite é por aqui tanta, pode passar pelo NB, pelo NB e depois pelo NB (ou então pela Hangar, com mais que provável paragem na GNR...), que acabei por ir. E ainda bem.
De facto aquilo parecia um encontro de antigos alunos do Liceu, anos 95, 96 ou 97. Mas foi exactamente esse facto que tornou a festa tão particular, onde os Déjà Vu(s) eram constantes, e os alinhamentos das músicas iguais aos de há 15 anos atrás, não passaram 5 minutos sem que nos encontrássemos com algum antigo colega que há muito não víamos, não passaram 10 minutos sem que houvesse uma música conhecida por todos.
A festa até tinha um dos títulos mais estúpidos que por aí ouvi em 2009, qualquer coisa como “Natal é no parque de estacionamento”. Os DJ’s eram pessoas bastante improváveis como o ex-candidato do CDS à Câmara Municipal de Viseu Francisco Mendes, que deixou o fato em casa e se mascarou de “dread” durante umas horas, abandonando por momentos o centrismo onde habita para abanar livremente o casco, para a esquerda e para a direita, para cima e para baixo. Uma coisa é certa, encaixa-se muito melhor neste papel do que Paulo Portas quando este se decide a tocar pandeireta...
E aquilo que iria parecer um revival, acabou por ser mesmo um revival, mas um grande revival onde uma geração pôde comungar o velho espírito do mosh saudável ao som dos RATM e companhia, entoando em coro os “Fuck you I won’t do what you tell me” do costume. E se foi um bom revival é porque estamos mesmo a ficar velhos! Mas ainda não estamos acabados! Vejam o vídeo, pequeno mas elucidativo!
Ainda para mais, tive a oportunidade de conviver com o Pablo, o Donatelo e o Lima, músicos dos Oquestrada que para lá se dirigiram também e que muito surpreendidos ficaram por ali encontrarem tamanha festa, numa década completamente deslocada! Surpreendido fiquei eu com eles ao ouvir as suas histórias e percursos, desde o francês Pablo que encontrou o seu instrumento numa casa abandonada e que tem por nome “Contra-Bacio” – um contra-baixo que consiste num bacio velho com um pau e uma corda que emite sons excepcionais, e que desenrasca bem quem não tenha “argent” para comprar um a sério (e tem muito mais pinta). Já tem mais de dez anos porque ainda não arranjou um bacio com aquele plástico de qualidade e vai remendando a coisa sempre que parte, com mais fita-cola! Até ao italiano e professor universitário Donatelo que encontrou em Lisboa uma cidade de eleição e que partilha as actuações entre os Oquestrada e os Anonima Nuvolari ou ao português Lima que toca a portuguesa guitarra do alto dos seus 2 metros e que também pertence aos Terrakota.
Só por isso já teria sido admirável. Somando ao resto, posso afirmar que foi uma ideia excepcional!
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